Instituto Pensar - Por pressão do Centrão, Bolsonaro recua sobre impeachment de ministros do STF

Por pressão do Centrão, Bolsonaro recua sobre impeachment de ministros do STF

Foto: Marcos Corrêa/PR

Por Plinio Teodoro

Sob pressão de ministros ligados ao centrão, em especial de Ciro Nogueira (PP-PI), da Casa Civil, Jair Bolsonaro (Sem partido) teria desistido de ir a pé até o Senado para entregar o pedido de impeachment dos ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O presidente havia prometido que entregaria pessoalmente nesta terça-feira (17) a Rodrigo Pacheco (DEM-MG) a ação em que pede o afastamento dos dois ministros, considerados inimigos por ele. O presidente do Senado, no entanto, já descartou a abertura do processo na casa.

Segundo informações de Lauro Jardim, na edição desta quarta-feira (18) do jornal O Globo, há chances até mesmo que Bolsonaro desista da ação. No entanto, o recuo total poderia causar insatisfação entre bolsonaristas mais radicais.

Ministros do centrão ainda tentam postergar a entrega do pedido, já que Bolsonaro só deve cumprir agenda em Brasília nesta quinta-feira (19) esta semana. Nesta quarta, o presidente estará no Amazonas e Pará e na sexta-feira (20), viaja novamente.

Jogo de cena

O presidente Jair Bolsonaro estava planejando fazer mais um jogo de cena para demonstrar força e reforçar sua narrativa contra o Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo informações do jornalista Igor Gadelha, em sua coluna no portal Metrópoles, o chefe do Executivo quer levar ministros ao ato de entrega, no Senado, do pedido de impeachment de Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, membros da corte suprema.

Além de ser acompanhado por uma "comitiva?, o presidente planejava descer a rampa do Palácio do Planalto e ir caminhando até o Senado para concretizar o ato.

O jogo de cena, caso confirmado, aconteceria poucos dias após o desfile de tanques de guerra em frente ao Planalto que foi realizado pelas Forças Armadas, em articulação com Bolsonaro, para intimidar a Câmara dos Deputados, que na ocasião analisava a proposta, já derrotada, do voto impresso. Naquela situação, ministros também estiveram ao lado do presidente.




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